Vem da linha debaixo o desejo
de cobri-la (descobri-la),
linha branca que esconde
os sonhos ainda não tidos,
a palavra que urge sair,
o retrato da musa que encontraremos
ao irmos embora daqui
Deve-se à linha branca, vazia,
como a um mundo de outras coisas,
o poema...
Está na linha em branco o desenho
dos seios roliços firmes volumosos pululantes no decote
e a indefinível dor que coisas como essas causam,
como fosse todo o verbo sobre a vida
e os demais mistérios
não mais que uma linha em branco
prolixa em seu desrumo
A linha de baixo é a linha de chegada
da próxima idéia,
que às vezes teima, teima, teima...
A concisa expressão da odisséia,
a catástrofe pressentida,
a fadiga do dia,
a ansiedade da estréia,
a pontinha de inveja
e a pequena saudade que deixa a finda poesia
Leonardo M. Paredes
quarta-feira, julho 04, 2007
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Um comentário:
Postagem a pedido hein?
grande Leo!
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